Sexta carta
Mui venerada Imperatriz,
Junto ainda uma carta chegada do mundo invisível! Possa ela, como as precedentes, ser apreciada por vós e sobre vós produzir um efeito salutar!
Aspiramos sem cessar uma comunicação mais íntima com o Amor, o mais puro que se haja manifestado no homem e se glorificou em Jesus, o Nazareno!
Mui venerada Imperatriz, nossa felicidade futura está em nosso poder, de vez que nos é concedida a graça de compreender que só o amor nos pode dar a felicidade suprema, e que só a fé no amor divino faz nascer em nossos corações o sentimento que nos torna eternamente felizes, a fé que desenvolve, depura e completa a nossa aptidão para amar.
Muitos temas ainda me restam para vos repassar. Procurarei acelerar a continuação do que comecei a vos expor, e me consideraria muito feliz se pudesse esperar ter podido ocupar agradavelmente e utilmente alguns momentos de vossa preciosa vida.
JEAN GASPAR LAVATER
Zurique, 16 de dezembro de 1798.